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Cabras felizes, fazenda em policultura, bem-estar animal. “Na agroecologia e na permacultura nós aproveitamos tudo que a terra dá, em queijos, fermentados de vegetais e produtos agroartesanais, temos até castanha de jaca em conserva, algo que você só encontra aqui“, conta Felipe Francisco da Cunha, 47 anos, idealizador do espaço com sua família.

Luciana, Frida, Sofia e Felipe do Rancho Kuara.

O Rancho Kûara fica em Ibicoara, 1.100 m de altitude, na Chapada Diamantina, na região Sudoeste do Estado da Bahia, aproximadamente a 550 km de Salvador. Em tupi o nome da cidade significa “buraco na terra”, “cova”, “barro branco” a partir da junção dos termos yby (“terra”) e kûara (“toca”). É um sítio sustentável com pastagens multiespécies (milho, feijão e leguminosas etc), um riacho cristalino, Reiki, alimentação equilibrada e terapias naturais.

Felipe, a esposa Luciana Maximo Ferreira, 46 anos, e as filhas Frida e Sofia, 18 e 12 anos, decidiram mudar de Saquarema, no Rio de Janeiro, para a Chapada em maio de 2021. “Por vários motivos, primeiro pelo clima, a altitude, eu queria muito fazer queijo em um clima alto, depois foi para nos tornarmos agricultores familiares. Lá no Rio eu era periurbano, não tinha DAP nem registro de produtor. A gente aqui em seis meses já tem tudo” contou ele.

Sempre meu objetivo foi produzir queijos artesanais finos, minha paixão, iniciamos nossa atividade no Rio de Janeiro em 2014 . Nesse período me aprofundei sempre autodidaticamente, me tornei professor de queijos de cabra artesanal” conta Felipe. Ele é um dos instrutores do Santa Fé Agro Instituto e também oferece curso em sua fazenda.

Na mudança, Felipe vendeu seu rebanho e está começando um novo plantel que começa em abril de 2022 a transformar 70 litros de leite por dia em queijos agroecológicos, curados em sala semissubterrânea em pequena escala. O projeto prevê a venda direta para o consumidor.

Na escolha do novo rebanho, ele busca rusticidade. “Cruzamos raças como a Murciana, Granadina e Saanen para alcançar melhor sólidos e animais mais adaptados a nosso terroir” disse ele.

Tudo é familiar. Até a logomarca foi criada pela filha Frida.

O sítio já tem sua reserva ambiental. “Plantamos também café arábica agroecológico, esse ano foram 2500 pés , plantados com todo carinho, sempre pensando em pequena escala, vamos buscar produzir o melhor café em qualidade e oferecer a todos que apreciam uma bebida especial” disse ele.

Nossa maior riqueza e responsabilidade é usar e preservar sempre a terra e a diversidade”.

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Blog Paladar Estadão

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